quarta-feira, 11 de abril de 2007

1º de Maio! Um dia de trabalho que virou um dia de luta


O 1º de maio de 1886 foi um belo dia em Chicago, cidade dos Estados Unidos. Era um sábado, ordinariamente dia normal de trabalho. Porém, multidões de trabalhadores, sorrindo, conversando e acompanhados de suas esposas e filhos, se reuniam para o grande desfile na avenida Michigan.Cerca de 190.000 estavam em greve. De repente, a polícia se faz presente com armas em punho. E quando os operários se retiram em dispersão, conforme testemunhas, abriu fogo sobre suas costas, matando homens e mulheres que corriam.Decidiu-se convocar um ato de protesto contra a violência da polícia, para a noite seguinte na praça de Haymarket. A multidão reunida na pequena praça esperava o início do ato. Produz-se um momento de silêncio que permitia ouvir um ruído de passos; eram os assistentes que fugiam para evitar a violência policial. Um instante depois, a multidão foi dissipada por um ensurdecedor relâmpago vermelho, se ouve um estrondo de uma tremenda explosão. Uma bomba foi lançada por um agente secreto. Houve uma terrível confusão. Na escuridão, a polícia disparava suas armas em todas as direções. Muitos que fugiam, tropeçavam e caíam, outros caíam feridos. A maioria corria desesperada queixando-se do bárbaro atropelo da polícia. A polícia enlouquecida continuava pisoteando e golpeando de forma selvagem. O assassinato dos dirigentes operáriosOs lideres da greve Albert Parsons, August Spies, Samuel Fieldem, Michael Schwab, George Engel, Aldolph Fisher, Louis Lingg e Oscar Neebe foram acusados de conspiração e do assassinato de Mathías Degan, o policial morto em Haymarket. Oscar Neebe, sentenciado a 15 anos de prisão, o único dos acusados que não foi condenado à morte, disse em juízo: “Cometi um crime, excelência. Eu vi que os balconistas desta cidade eram tratados muito mal e lancei um apelo para as organizações da categoria, e agora eles trabalham até as 7 horas da noite; aos domingos, estão livres. E isso é um grande crime?”Albert Parsons disse: “Sou socialista. Sou um desses que pensam que o salário escraviza, que é injusto, que é injusto para mim, para meu vizinho e para meus companheiros...” Com o sangue da classe operária, havia-se conquistado a jornada de oito horas de trabalho. Agora existe uma nova meta a seguir, que é a conquista do poder, como a melhor homenagem aos proletários do mundo que tombaram lutando por nossos direitos. Este exemplo de luta dos operários norte-americanos se espalhou por todo o mundo e desde então os trabalhadores unem-se no dia 1º de Maio para defender os seus direitos, celebrar a luta contra a exploração capitalista e afirmar seu objetivo de construir uma nova sociedade sem opressão e sem exploração, a sociedade socialista. Vamos organizar o 1o de Maio! O compromisso do Movimento Luta de Classes é trabalhar para resgatar a história de luta dos trabalhadores, organizando um primeiro de maio combativo e classista em cada bairro, cidade e estado que atuamos e reafirmando a luta contra o capitalismo e pelo fim da exploração do homem pelo homem. Viva o 1o de Maio! Viva o Dia Internacional dos Trabalhadores!Proletários de todos os países, uni-vos!

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